18 de julho de 2013

"Somos só adolescente brincando de adultos". As palavras se repetiam na mente dela, suaves e doces como no momento em que saíram dos lábios de seu amado. Deitada na cama, sozinha na escuridão, Elizabeth fechava os olhos para se lembrar do melhor momento de sua vida. As lembranças era tão fortes dentro de seu coração que ela ainda conseguia sentir a respiração dele em sua nuca e a forma que ele ria quando ela sentia cócegas e se afastava suavemente. Ela ainda se lembrava da sensação de segurança que tinha quando ele passava os braços em volta de sua cintura e a levantava no ar, ainda se lembrava da forma como ele bagunçava seus cabelos e como estava sempre pronto para fazer alguma piadinha boba. Mas... Quanto tempo fazia desde que tudo isso acabou? Quanto tempo desde que os melhores momento de sua vida se tornaram lembranças dolorosas? Ela abriu os olhos e na escuridão do seu quarto, sorriu para o além. Lizzie deslizou a mão pelos próprios cabelos e pela bochecha, o mesmo caminho que ele costumava fazer. Seu olhar foi para a janela, lá fora, o céu era negro e sem estrelas, uma chuva grossa caia, fazendo os galhos de uma arvore se agitarem contra o vidro da janela. Um cheiro doce invadiu o quarto, lentamente, como passos no silencio agonizante. Uma sensação quente e úmida lhe dominou, era o inicio do fim ou o fim do começo? Elizabeth estralou o pescoço, mordeu o lábio inferior e viu seu anjo, docemente parado perto da porta, sorrindo. Ela esticou a mão para tocar-lhe e naquele momento ela soube que era apenas o termino do fim e que dali em diante ela estaria sozinha e perdida no paraíso.