29 de dezembro de 2011

Era uma noite fria, não havia lua no céu negro, não havia barulho, somente o soluçar irregular da pequena garota. Jogada sobre a cama, ela escrevia; as lágrimas manchavam o papel em pequenos círculos. Era quase impossível ver, mas ela continuava escrevendo, sem se render jamais. Nada parecia ter vida fora dali, daquela porta em diante tudo era morto, envolvido por um grosso vidro, que separava a menina da felicidade. Quais eram as reais chances deles ficaram juntos, afinal? Pequena, decida e com medo, a ruiva se levantou e caminhou até a janela. Do lado de fora a noite parecia convidativa, mas de fato, nada era realmente importante, nada além do que ela iria fazer. Um beijo na carta que foi deixada sobre a cama, uma corda e uma cadeira... A cadeira caiu um leve ruido e um silencio mortífero dominou o quarto, nada existia ali, além de uma ultima lágrima que explodia no chão antes do abraço gélido envolver seu corpo.




25 de novembro de 2011

Ah, aqueles tempo que se foram rápidos demais para que eu pudesse aproveitá-los por completo. Passei tantos momentos me preocupando com o futuro, que me esqueci do presente e agora o passado volta como um lento filme, mostrando tudo que poderia ser sido. Talvez se eu tivesse dito aquelas coisas, abraçado aquela pessoa, talvez se não tivesse brigado com aquela menina, se tivesse entrando na bagunça uma única vez. Talvez se eu tivesse me apaixonado por aquela pessoa e rido da piada mais boba. Hoje são só lembranças, um passado cheio de ''talvez'' que não irá voltar. A grama na qual eu deveria ter me deitado, a terra com a qual eu deveria ter me sujado, as nuvens do céu azul que eu deveria ter olhado. 


Suas palavras nos trouxeram até aqui, afundando-nos em sua rede tão perfeita e imacunada. Os pensamentos, toques, beijos suaves e carinhosos. A forma como seu corpo atravessará a noite, leve como uma pluma, encantador como uma bailarina, doce como o céu. E seus olhos pareciam sempre tão serenos e felizes, mas era justamente o inverso. As palavras deslizavam devagar por seus lábios vermelhos, fáceis como que não existisse o mundo fora daquilo. E quando minhas mãos tocavam seus cabelos, o desejo consumia cada pequena parte de meu coração. Mas suas atitudes, as escolhas, os momentos. Tudo nos arrastaram devagar até aqui, nos sufocaram... E a ultima lembrança que tenho de ti, ah, a ultima lembrança. Seu corpo em chamas, o fogo eterno de um amor esquecido.


O vento bate na minha porta e me engana ainda mais. As lembranças trazem dores incapazes de serem curadas. Vozes por todo o lado e eu só queria estar com você, mas não estou. Acho que enlouqueci quando você sumiu daqui e eu ainda tento entender, fazer com que tudo fique bem. Estou presa no pesadelo da solidão e os muros além daquele portão escondem a vida que jamais voltará. As vozes felizes lá fora, os fantasmas lutando para irem embora e de novo, eu fingo estar tudo bem. Nada sinto, nada vejo e nesse campo de inocentes, faço um desejo. "Doce anjo, a noite lhe trouxe e o sol lhe levou, mas volte, doce anjo, e acabe com minha dor. "


24 de novembro de 2011

Tentativa

Ela caminhava como se aquilo fosse salvar sua vida, os sapatos afundaram na grama, o corpo estava molhado pela chuva. Impiedoso, o vento passou por seu rosto, revelando as lágrimas de um sorriso vazio. As vozes pareciam lhe atormentar, pareciam que nunca iriam sair de dentro de sua cabeça e seu coração estava doendo como jamais seria capaz de entender. Cada pequena parte de sua alma havia se desfeito em pedaços cortantes de algo muito maior, algo que ninguém é capaz de ver ou entender. Sua mão esticou-se, tocando o nada que havia em sua frente e de repente, aquilo forá tudo que restará, somente o vazio de uma existência sem amor... Mas deixe, deixe bater um pouco de sol dentro de ti, deixe que as flores nasçam lentamente, porque sim, todo jardim precisa de chuva... Mas se a chuva for eterna, tudo se inundará, as esperanças, os sonhos e planos... Se afogando.


23 de outubro de 2011

Grilin =3

Será sempre assim, o vazio é a unica coisa que vai te restar e tirando as lembranças, nada de mim irá levar... Você não pode mais me controlar. Eu cortei as cordas e embora esteja caindo, não serei mais seu brinquedo, cansei de suas mentiras, as historias que semrpe pareciam tão felizes, os cenarios em preto e branco agora fazem parte do meu passado. Me tornarei um fantasma, em sua mente vou sempre estar e minha voz fará seus sonhos se tornarem pesadelos, levarei-te a loucuramente, muito lentamente. E quando menos esperar, vai estar chamando meu nome, pedindo para que eu volte. Tarde demais, é o fim de jogo e você perdeu. Não tem mais poder sobre mim, eu não pertenço a você.

4 de setembro de 2011

Passei a vida toda ouvindo que os opostos se atraem e os igual se repelem. Hoje acredito que se os opostos se atraem, os iguais se completam. E aí penso como descrever isso senão com as palavras que já conheço a tanto tempo, palavras que pensei em dizer para muitas pessoas, mas não para ti. Não é beleza, nunca foi e sabe disso, é o que tem por dentro. Quando eu era pequena, assista a Bela e a Fera só para cantar a música, hoje vejo que aquilo vai muito além do que as pessoas pensam. Não é uma menina bonita se apaixonando por um monstro com um castelo ernorme. É uma menina normal, se apaixonando por alguém simplesmente lindo por dentro, alguém que para ela, não importa a aparencia. Alguém como ela, que lhe protege, que sempre vai estar ali, alguém para quem ela vai correr quando precisar de um abraço. Acho que é assim que as coisas entre nós vão acontecendo, acho que é muito além do fisico, do toque e você sabe disso. É a amizade, os momentos juntos, as risadas, as lágrimas, cada abraço inocente. É estranho falar isso agora, não sei como descrever as coisas que se passam dentro de mim. Elas estão todas bagunçadas, organizadas de formas estranhas e fazendo com que eu me perca no meu coração. Você dizia ''esquece ele'' e eu sempre disse que não poderia fazer isso, mas sinto, que lentamente, isso está acontecendo e confesso que é meio estranho. Não deveria ser assim, deveria? Não era pra ser só... Só um acontecimento? Argh, não to sabendo de muita coisa agora, é dificil de entender, mas espero que sinta o mesmo, é.

Um conto velho como o tempo tão verdadeiro quanto pode ser... Dificilmente seriam amigos e então alguém se curva de maneira inesperada... Basta mudar um pouco pequeno para dizer o mínimo. Ambos um pouco assustados nem um preparado... Sempre apenas a mesma coisa, sempre uma surpresa, sempre como antes, sempre apenas com a certeza de como quando nasce o sol... Um conto velho como o tempo, uma canção velha como a música amarga e estranha... Descobrindo que você pode mudar, aprendendo que você estava errado. Determinado como o Sol nascendo no leste... Um conto tão velho quanto o tempo. Canção tão velha quanto a rima... Um conto velho como o tempo. Canção tão velha quanto a rima... A Bela e a Fera!

Sentimentos são fáceis de mudar, mesmo entre quem não vê que alguém pode ser seu par... Basta um olhar que o outro não espera para assustar e até perturbar mesmo a Bela e a Fera... Sentimento assim, sempre é uma surpresa. Quando ele vem, nada o detém, é uma chama acesa... Sentimentos vêm para nos trazer novas sensações, doces emoções e um novo prazer... E numa estação como a primavera sentimentos são como uma canção para a Bela e a Fera...




2 de setembro de 2011

Vamos contar uma pequena historia.


Existia uma menina, uma menina de doces olhos verdes. Seus cabelos eram negros como a noite, a pele pálida como a neve, os lábios vermelhos como sangue e a existência vazia como a morte. Essa garota não tinha amigos, não tinha vida além do pequeno mundo que havia criado para tentar, inutilmente, se proteger de todos que lhe fariam mal. Ela sabia que sentimentos iriam lhe matar, sabia que amar seria seu fim, por isso, ela nunca de deixou levar pelas ilusões que via a todo o momento, nunca quis ser como a menina do filme, do livro ou da sala ao lado. Nunca quis ter um amor, nunca quis declarar seus sentimentos para alguém que não fosse seus pais... Por muitos anos, essa garota conseguiu ser assim. Ela era vista como fria, como má. Machucava pessoas, pisada em seus corações sem a menor dó, torturava-os até que simplesmente não suportassem mais lhe olhar. Ela fez varias pessoas chorarem abraçando fotos suas, fez com que implorassem seu amor, deu esperanças e refez o coração deles, só para poder destrui-los novamente. Ela tirou o sorriso deles e fez o seu... No entanto, o mundo gira e jogo vira. Um dia, sem notar, ela acabou se deixando levar e quando menos esperava, já estava apaixonada. Mas mesmo assim, tudo parecia que iria dar tão certo, eles estavam tão felizes juntos. Ele não podia ver ela, não a amava por seu rosto, mas por aquilo que ela era por dentro, amava a doçura e a crueldade, e isso tornava tudo mais especial. Ela nunca soube onde ele morava, se tinha família, somente lhe encontrava no bosque, todos os dias e ali ficava com ele por horas a fio, até que o mesmo sumisse nas sombras... Mas um dia... Num dia frio e escuro ele não apareceu, e nem no outro, nem no outro. E assim se passaram meses. A pequena menina tinha o coração em pedaços e a decisão de não amar, a decisão de ser fria novamente. Culpava-se por tudo, se culpava pela partida dele, achava que não fora boa o suficiente. Por um tempo, ela ficou em paz consigo mesma, não amava, não sorria ou brincava, mas estava relativamente calma. Não torturava pessoas, não quebrava seus corações, não tocava elas, sequer falava com elas... O tempo passou, a menina cresceu amargurada e um dia, passando pelo bosque como sempre fazia, encontrou ele, da mesma forma que na primeira vez, sentado em baixo daquela mesma árvore. Seu coração bateu forte, os olhos brilhavam e ela, apesar de não esquecer o que aconteceu, correu para os braços dele o mais rápido que podia e lá estava novamente, tudo daria certo dessa vez, ela sabia. Tinha que dar certo e realmente deu certo por um tempo, mas não por tempo o suficiente. A menina estava sempre dando o melhor de si, fazia tudo que podia, e até o que não podia, para fazê-lo feliz... E tão simples como voltou, ele se foi novamente. E de novo ela ficou sozinha, com medo, com frio. E ela voltava a se culpar por tudo aquilo, voltava a se torturar com as lembranças, achava que aquilo tinha acontecido por ela ter sido tão má, mas depois de um tempo, esse pensamento foi trocado pelo sentimento de fracasso. Era horrível a vida daquela forma, ela já não suportava mais aquilo... Numa noite fria, ela decidiu que seria a hora e depois de se armar, fugiu pela janela com uma mochila nas costas, o coração cheio de dor e a mente cheia de pensamentos sombrios. A morena parou em baixo da mesma árvore em que conhecerá aquele a quem tanto amava, puxou uma foto de sua mochila e uma folha, na qual, escreveu poucas palavras. Seus lábios tocaram a foto com carinho, ela sussurrou uma ultima jura de amor e com a faca, que tinha pegado antes de sair, ela terminou sua vida. O céu parecia ainda mais escuro quando a pequena estava caída ao chão e o sangue saia rapidamente pelo grande corte. A vida foi tirada de seus olhos devagar e pouco antes de finalmente morrer, ela sentiu a chuva sobre seu corpo e achou que por um momento, estivesse de novo com seu grande amor... A carta foi encontrada no dia seguinte por algumas pessoas que caminhavam, ali, somente os seguintes dizerem. 
"Perdoe-me aqueles que machuquei, tinha medo de acabar me machucando. Perdoe-me família, não fui forte.. E a ti, meu grande amor. Espero-te do outro lado da vida. Seja feliz, ame como nunca, só não esqueça de mim. "



5 de maio de 2011

Saudade é uma palavra que não diz nem metade do que sinto nesse momento. A forma como meu coração se desfaz quando eu lembro de tudo que vivemos, de como eu te amei, como eu te amo. Lembro que no meio de setembro nós ainda brincavamos no jardim, você segurava minha mão e prometia que iria cuidar de mim para sempre, você me fez acreditar num lindo sonho, mas quando eu abri os olhos, só encontrei o vazio. É dificil assumir que te perdi, é dificil pensar que talvez eu nunca mais veja a forma como você sorria para mim, a forma como seus braços envolviam meu corpo e como me fazia não chorar. Eu odeio te amar tanto, odeio ser fraca e não poder deixar você parti, mas eu te amo e não posso fazer nada quanto a isso, eu preciso de você comigo, droga. Eu não entendo porque as coisas ficaram assim, não entendo porque fui obrigada a te perder. Eu lutei, juro que lutei por ti, lutei para ser forte e não chorar na sua frente, mas quando você se virou, eu desabei, eu chorei como nunca havia chorado antes e não tenho vergonha disso. Eu chorei mesmo! Chorei por estar vendo o amor da minha vida ir embora e não poder fazer nada, eu não podia te tocar e mesmo que gritasse seu nome, você não me escutava. E esse era o pior tipo de tortura que alguém pode sentir, aceitar que morri é a ultima coisa que quero fazer, é algo que eu não vou fazer até que você me perdoe por não ter sido tudo que esperava, me perdoe por não poder cuidar de ti como merecia, me perdoe por não ser forte o suficiente para suportar tamanha dor... Eu nunca vou deixar de estar ao seu lado, meu anjo, e se quiser me ter, só feche os olhos e se lembre de tudo que passamos juntos, se lembre de cada abraço apertado e cada beijo carinhoso,  se lembre da forma como riamos um dos outro, como brincamos na piscina e como eu ficava brava quando você molhava meu cabelo, se lembre da forma com meus olhos brilhavam ao seu te ver, da forma como eu sempre vou ser sua... Não importa o quanto eu esteja longe, nada vai mudar o que eu sinto por ti, mesmo que o tempo me leve, eu só te peço, querido, que me perdoe por não ser o suficiente, e mesmo que seu amor por mim morra, não se esqueça que eu existia... 

8 de abril de 2011

Confiança. Eu achava que podia confiar em algumas pessoas, mas acho que o mundo quer me provar o contrario, que mostrar que não exista alguém em quem eu possa confiar. Isso é triste, magoa, faz cortes num coração que já perdeu as contas de suas cicatrizes. Solidão, acho que isso é simplesmente tudo que me resta agora, porque nada parece ser bom o suficiente, nada parece ser real depois que seu passei. Me lembro como se fosse ontem, mesmo que já faça mais de dois mesês, não é algo que eu vou esquecer. Se soubesse como eu te amava, como meu coração batia forte cada vez que você estava perto, como me machucava ter que aceitar ver você com outras garotas, mas eu aceitei, aceitei tudo para não te perder. Pra que? Por que? Para ser deixada, sozinha, com frio, temendo o escuro que se tornou tudo que está a minha volta, e o que mais ma deixa magoada é que você jurou que nunca iria me deixar, jurou que não iria sumir da minha vida. E agora, cadê você? Cadê as juras de amor e tudo aquilo que me prometeu? Por que precisava mentir pra mim daquela forma, por que me deixa assim? Eu não fiz nada de errado, eu fui tudo pra ti, tudo que eu podia ser. Por que você insiste em dizer que ainda existe vida sem você? Quando você não esperar vai doer ,e eu sei como vai doer, e vai passar como passou por mim e fazer com que se sinta assim, como eu sinto. Como eu vejo, como eu vivo, como eu não canso de tentar, eu sei que vai ouvir, eu sei que vai lembrar, vai rezar pra esquecer, vai pedir pra esquecer, mas eu não vou deixar, eu não vou deixar...  E eu não quero lembrar do que eu fui pra você, uma simples distração pra você esquecer. Eu não quero lembrar que chegamos ao nosso fim, eu não quero lembrar que eu vou acordar sabendo que meus olhos não vão te encontrar, eu não quero lembrar que tudo acabou pra mim... Vou te esquecer, vou te esquece, juro que vou deixar tudo isso para trás, ainda que custe minha vida, minha alma, minha sanidade, minha existencia. Eu vou te levar a loucura e depois sumir, como se nunca tivesse existido.


11 de março de 2011

Amor, palavra pequena, quatro letras que formam a unica coisa que pode te fazer ou te fazer morrer. É incrivel como o amor pode destruir sua vida em segundos, da mesma forma que te fez sonhar.. É dificil segurar as lágrimas ao pensar que tudo que dei a ti foi completamente em vão, que para você, eu nunca passei de um objeto, nunca fui mais que uma simples boneca que fazia exatamente tudo o que você queria. Eu me odeio, me odeio com todas minhas forças, porque eu não fui boa o bastante, porque eu não consegui fazer com que você me amasse, me odeio por ter sonhado contigo, por ter planejado nosso futuro, por ter abonadonado todos a minha volta para poder ficar contigo. Eu me odeio por ter me apaixonado por ti e por não conseguir dizer ''não'' para o menor pedido teu. Tudo que eu queria nesse momento era sumir e eu tenho a oportunidade perfeita, porque estou sozinha em casa, mas eu não tenho coragem. Eu me odeio por ter medrosa demais até mesmo para isso, me odeio por saber que posso acabar com essa dor e mesmo assim, não faço. Por que você não me amou? Por que mentiu para mim? Eu realmente não signifiquei nada para você, nada mesmo? E todas as vezes que você disse sentir minha falta? Aquilo foi mentira? Eu não consigo ver onde errei e isso está me matando. Não é possivel que seja mentira, não é possivel que tudo que terei de ti será essa enorme dor.. Por que você me deixou assim, por que? Eu te amo tanto, eu daria qualquer coisa para te abraçar agora, idiota... Mas eu só espero, que no dia que eu for embora, você note o quanto poderiamos ter sido felizes... Estar sozinha é tão dificil e sinto que nunca mais algo vai ter as mesmas cores ou a mesma graça que tinha antes, e doi tanto pensar que nunca vou ver seu sorriso denovo. 




2 de março de 2011

Ser-humano, o unico animal racional sob a Terra... O unico animal que machuca sua parceira, o unico que deixa para trás sua familia e sua esposa, porque os outros animais, como Leões, ainda que tenham mais de uma esposa, nunca abandonam-as. Qual é o problema desse mundo? Não é possivel que todos sejam assim tão crueis, não é possivel que machuquem as pessoas de forma por querer...
E se eu sangrar, eu sangrei sabendo que você não se importa. E embora eu tenha me sacrifricado por você, não tentaria comigo, não agora. Ninguém está sentindo minha falta? É horrivel olhar todos, milhares de almas crueis, bricando com sentimentos delicados e puros, deixando os inocentes tristes, fazendo com que se revoltem e acabem se tornando algo frio, sem um coração. Dissimulados de merda! 
A chuva cai suave, pessoas correm de um lado para o outro, algumas indo para suas esposas, deixando as amantes para trás, como se nunca tivesse acontecido, outras voltando para suas mães, irmãos, pais... Uma garota delicada tem os passos lentos, as mãos fechadas em volta das mangas da blusa, os cabelos molhado, o rosto inchado, os olhos avermelhados. No silencio da noite, lágrimas deslizam por sua face, confundindo-se com as gotas de chuva. Pobre garota, ninguém lhe nota, ninguém se importa se ela voltará para casa e mesmo que peça perdão por sua ausencia, não fará a menor diferença. Seu pequeno coração está em pedaços, sua alma não parece mais ter motivos para existir, sua mente está afundando em lembranças dolorosas, lembraças que ela faria de tudo para esquecer.. Quem sabe ela feche os olhos e durma... Eternamente.