29 de dezembro de 2011

Era uma noite fria, não havia lua no céu negro, não havia barulho, somente o soluçar irregular da pequena garota. Jogada sobre a cama, ela escrevia; as lágrimas manchavam o papel em pequenos círculos. Era quase impossível ver, mas ela continuava escrevendo, sem se render jamais. Nada parecia ter vida fora dali, daquela porta em diante tudo era morto, envolvido por um grosso vidro, que separava a menina da felicidade. Quais eram as reais chances deles ficaram juntos, afinal? Pequena, decida e com medo, a ruiva se levantou e caminhou até a janela. Do lado de fora a noite parecia convidativa, mas de fato, nada era realmente importante, nada além do que ela iria fazer. Um beijo na carta que foi deixada sobre a cama, uma corda e uma cadeira... A cadeira caiu um leve ruido e um silencio mortífero dominou o quarto, nada existia ali, além de uma ultima lágrima que explodia no chão antes do abraço gélido envolver seu corpo.